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MARCELO CARVALHO SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Texto cedido por Daniel de Souza Moreira

De onde vem as guerras e pelejas entre nós? Minha alma está triste até a morte por ver a navalha de golpe a golpe sangrar a vida de milhares de seres humanos. Esta navalha é insensata e ninguém a vê, mas todos sentem. Mata mais que as de aço que existe por aí. Dia a dia vemos sangrar as pessoas, é na hora que precisamos de um tratamento de saúde, e não podemos, e quando conseguimos, muita das vezes é desumano esperando filas sem fim, é sendo cobaia, é sendo objeto de riqueza para terceiros, é sendo sacrificado até a morte por razões capitalistas, não lícitas aos direitos humanos. É no dia - a – dia, na hora que vemos pessoas praticarem atos desumanos sem ser por amor, e sim por mil razões anti-humanas, como vimos nos telejornais e etc, os escândalos sem fim. É na hora que deparamos com a necessidade de comprar o alimento e não podemos comprar o necessário, enquanto se esbanjam à vontade por aí... Que fincada no coração! É na hora que precisamos socorrer um pai, uma mãe, um ente querido e não temos condições para tal vendo tantas riquezas e atitude que não são prioridades em nossa volta, como jóias, calçados chiques, carros de último modelo, obras milionárias não prioritárias, etc. É também na hora que vemos injustiça e a impunidade reinar, é nas horas que vemos a justiça cair por terra sem esperança por levantar, e daí vê a vida cair por terra a mingua... Quanta dor! É também na hora que necessitamos visitar um parente e não podemos por falta de recursos e assim distanciando o relacionamento familiar, jogando por terra a verdadeira qualidade de vida. é na hora que queremos dar um passeio, praticar um esporte, etc, e não dispomos de recursos para tal. É na hora que deparamos com a realidade de que poucos tem muito e muitos tem pouco. é na hora que deparamos com uns namorando em mansões com três carros na garagem, com luxo e com fartura de tudo, enquanto a maioria mora em casebres, em áreas de risco que muitas vezes é de terceiros, e não temos condições de viajar nem de ônibus. É na hora que deparamos com o patrão ganhando milhões e pagando um tostão. É na hora em que deparamos com um colega que pode fazer faculdade tranquilamente, enquanto temos que sacrificar com o nosso suor ou com o nosso sangue, comprometendo nossa saúde para conseguir a trancos e barrancos o primeiro, segundo grau ou faculdade. É na hora que vemos uma criança inocente chorando o sentimento de fome, de abandono, de desespero, os sentimentos de dor, etc. Nestas horas entre outras dezenas mais, que nascem as guerras e pelejas entre nós. A DESIGUALDADE... e daí essas pessoas vendo essa dura realidade, vendo o mundo com o futuro comprometido demais a derrocada, afogado na injustiça e corrupção, sem soluções para os seus problemas, lançam-se nas drogas lícitas e ilícitas, na violência, no desânimo, na depressão, na desmotivação que é um bom investimento para as indústrias farmacêuticas e medicinais, que a cada dia tem mais doente a tratar, para a segurança pública e privada que tem mais e mais no que investir na justiça que se abarrotam de processos e assim por diante. Ou nós acordamos para este mal ou iremos ao caos como disse o nosso cantor Raul Seixas. (NÓS SENTADOS NO TRONO DE UM APARTAMENTO COM A BOCA ESCANCARADA CHEIA DE DENTES ESPERANDO A MORTE CHEGAR. TAMBÉM DIZ O PAPA JOÃO PAULO II: É IMPOSSÍVEL SERMOS FELIZES EXISTINDO IRMÃOS CARENTES DAS MÍNIMAS NECESSIDADES PARA UMA EXISTÊNCIA HUMANA). Eu diria que 90% das enfermidades e violência do povo nascem aí. Sim, é nessas horas que estamos assassinando a vida. É nessas horas que vemos a navalha picar palmo a palmo a já flagelada vida humana, e assim nos destrói vagarosamente dia após dia até que um dia nos despedimos daqui molestados por um punhado de doenças, pois, depois de tantos sentimentos sofridos no peito,tornamo-nos carteiros férteis para as enfermidades, o ódio, a tristeza, a depressão, a violência e etc. Até a morte nos devorar precocemente. Esta é a guerra fria que mata mais que as guerras travadas nos campos de batalhas. E até quando iremos permitir morrer por essa navalha que destrói em massa? Pouca diferença do massacre praticado por Hitler.

Daniel de Souza Moreira
Catas Altas – Minas Gerais 14/01/1990

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