Empresa faz sondagem em terreno onde será construído aeroporto regional

A empresa contratada para fazer o projeto do aeroporto regional do Médio Piracicaba, que ficará dentro do município de São Gonçalo do Rio Abaixo, começou a sondar o terreno, situado às margens da MG-434. Os funcionários que trabalham no local são da Geosondar, contratada pela Enecon, empreiteira vencedora do processo de licitação do Governo do Estado. A sondagem, que representa um passo importante na confecção do projeto executivo, identifica o tipo de terreno, os locais onde tem pedra, água, entre outras informações.

 

Bancado pela Prefeitura de São Gonçalo

Os custos, tanto do projeto quanto da desapropriação das fazendas, foram assumidos pela Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo. O prefeito são-gonçalense, Antônio Carlos Noronha Bicalho, decidiu bancar os gastos para evitar que o projeto fosse abortado pelo Governo de Minas, então responsável  pelos investimentos. Segundo o Departamento de Obras Públicas (Deop), só o contrato com Enecon ultrapassa R$ 570 mil.

 

Em março deste ano, quando dois secretários de Estado estiveram em Itabira, a informação era de que as obras estavam praticamente começando. No final do mês passado, entretanto, o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fabrício Sampaio, afirmou outra coisa. Ele disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cancelou os contratos de financiamento com valores de até R$ 5 milhões que tinha com o Estado – e o projeto do aeroporto estava incluso. Com o orçamento comprometido, o governo mineiro não teria outra opção a não ser desistir.

 

Diante disso, a Prefeitura de São Gonçalo procurou o secretário e se mostrou apta a assumir o compromisso. “Hoje o contrato da elaboração do projeto de engenharia [do aeroporto], apesar de ter sido licitado pelo Estado, está sendo gerido pela Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo e pago também”, detalhou Fabrício, em entrevista à imprensa itabirana.

 

Trata-se, por enquanto, de projeto apenas. Questionado sobre a obra de fato, Fabrício não quis arriscar datas nem valores. Ele disse simplesmente que a construção do aeroporto só será possível após a elaboração e aprovação do projeto nas várias instâncias estaduais e federais e a destinação de verbas, inclusive da União. E isso leva tempo.