Itabira pode perder aeroporto para São Gonçalo do Rio Abaixo.

Mesmo tendo o projeto pronto e até um parecer favorável da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ainda não é certo se o aeroporto de Itabira vai sair do papel. Segundo informações de profissionais ligados ao governo de Minas, São Gonçalo do Rio Abaixo oferece melhores condições técnicas para sediar o aeroporto, que será regional.

O Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais (Deop-MG) divulgou um edital de licitação para contratar a empresa responsável pelo estudo de viabilidade técnica e financeira e projeto executivo de engenharia, “visando a implantação de aeroportos nos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo e Itabira”.

A abertura das propostas das concorrentes será no dia 9 de setembro, em Belo Horizonte. Segundo informações apuradas por DeFato Online, outros estudos preliminares já foram feitos e colocam São Gonçalo com mais chances do que Itabira, pela localização, topografia do terreno, etc.

O estudo encomendado pelo Estado seria para argumentar politicamente, com autoridades itabiranas, a possível preferência por São Gonçalo. O terreno no município vizinho fica próximo à comunidade de Fernandes, distante cerca de 20 km da cidade, cujo acesso vai receber, em breve, asfaltamento. Em Itabira, a área estudada é a Serra do Tambor, localizada entre as cidades de Itabira, Nova Era e João Monlevade.

Disputa

O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena (PV), já previa uma disputa pelo aeroporto. Em junho, Damon disse que se encontrou com o secretário de estado especial para Desenvolvimento Estratégico, Fuad Noman, e ficou sabendo que outras cidades da região querem abrigar o projeto, que terá investimentos do Governo do Estado.

“Eu, como defensor de Itabira, pedi uma avaliação detalhada, pela equipe técnica, da Serra do Tambor, que é onde foi desenvolvido o nosso projeto de construção do aeroporto”, comentou. O prefeito já estava ciente de que a Serra do Tambor tem sido questionada exatamente por causa das dificuldades de acesso e necessidade de intensa terraplanagem. Na época, ele também citou que a área em São Gonçalo do Rio Abaixo estava sendo estudada.